Machadinho diz que não tem orçamento para pagar contratados da época de Weldo Mariano

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Revista Canindé/SE – O prefeito Machado Barbosa (Machadinho) informou ao site Revista Canindé que não tem orçamento para pagar o pessoal contratado pela gestão do ex-prefeito Weldo Mariano, referente aos meses finais do ano de 2024. Foi enfático, Ao saber do fato: “Machadinho pede para o povo ir para o São João. Eu pergunto como? Desempregado? Com salário de 1.300 reais? Quem é contratado da época de Weldo sem receber? Se for pra gente ficar sorrindo, bater palma pra ele postar na rede social deles, é só dizer que vai umas mil pessoas que querem ganhar dinheiro. Eles fingem que estão com a imagem lá em cima e a agente finge que estamos felizes. Eles enganam e nós também”, disse revoltada uma funcionária.

Desde o início de janeiro de 2025 que o site busca a informação, levantando a bandeira de que o pagamento do pessoal é uma questão de direito e de dignidade humana, uma vez que o serviço foi prestado ao município, fiel devedor e depositário dos salários. As narrativas mostradas nas matérias, desde sempre, mostraram a gestão de Machadinho distante de resolver a questão, sem nenhuma atenção e justificativas ensaiadas – estratégicas -, como a chamada por “pente fino” para ver quem trabalhou.

Ao que se percebe e, após cinco meses de mandato, Machadinho surge com uma resposta que poderia ser dita meses antes, se livrava das críticas desnecessárias, evitava o fatídico desgaste que gerou todas as demais polêmicas, trabalharia a causa na fonte e, com extrema habilidade estratégica, anunciaria que estaria trabalhando para sanar a situação, pediria calma e um voto de confiança. Não foi bem assessorado, falta-lhe habilidade de comunicação assertiva, traquejo político ou sobra arrogância e capacidade para lhe dar com eventos simples. Toda causa tem um efeito.

O mês de junho, considerado tempo de fartura no sertão, época das comemorações juninas do São João e São Pedro, será um dos mais tensos no município. Giro da economia muito abaixo do esperado, rotatividade de capital no comércio estacionado pela falta de circulação financeira, preços em alta, desemprego, salários baixos e completo estado de desânimo se abatem sob a população, principalmente os mais carentes. Como entender que o prefeito Machadinho incentiva ao povo participar dos festejos no Forródromo se na mesma proporção não lhes dá atenção; perseguição política, gestão com ações latentes, falta de organização e planejamento? Faltando remédios na Farmácia Básica de Saúde – tão denunciado nas redes sociais, o papel da Câmara Municipal, que é o de fiscalizar e denunciar, se calou. “Me arrependo amargamente de ter votado nele junto com minhas irmãs e família e de não ter votado no pedido de Weldo que era Kaká. Nunca vou me perdoar por isso. O povo ficou órfão de seus líderes”, afirmou a mãe de família contatada.

Certo disse uma liderança religiosa local: “Machadinho precisa do povo para lhe aplaudir, massagear seu ego, gerar imagem para sua rede social e nada mais. Depois da festa ele viaja e deixa Canindé sem comando, com seus filhos e filhas sofrendo. É como se fosse uma mãe sem a atenção do seu filho. Hoje ele tem que gastar o dobro para se eleger. É muito triste.”

Resta, por fim, aos contratados que estão em estado de espera que ingressem na fila do Ministério Público em Canindé de São Francisco, ou elejam um advogado para dirimir sobre o elástico de tempo que a causa possa exercer, ou seja, para receber o mais rápido possível.

Por Adeval Marques

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