Foi realizado no auditório da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), a 3ª edição do curso de reanimação neonatal. O evento teve como tema principal a “Reanimação Neonatal em Sala de Parto” e aconteceu baseado no Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria, para recém-nascidos com idade gestacional maior ou igual a 34 semanas, ministrado pelas neonatologistas Roseane Porto e Klebiana Barros.
Elas observaram que o objetivo principal é melhorar cada vez mais a qualidade de assistência neonatal. “O curso é voltado para os profissionais de saúde que auxiliam na reanimação neonatal como enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e todos os profissionais de saúde não médicos que estão envolvidos diretamente na assistência ao Recém nascido. Com uma carga horária de oito horas o curso foi composto de duas aulas teóricas e quatro estações de aulas práticas”, como esclareceu a pediatra Roseane Porto, diretora Técnica da MNSL e instrutora do curso.
Roseane assegurou que a MNSL está sempre capacitando os profissionais, já que é uma maternidade de alto risco e recebe um perfil de bebê e mãe que têm uma chance maior de necessidade da reanimação. “A equipe precisa estar alinhada e afinada com o que é determinado pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
“O evento é de fundamental importância para a melhoria na assistência do recém-nascido (RN) de risco, tornando ágil e eficiente as manobras de reanimação neonatal. Essa capacitação é um dos pilares mais importantes para uma adequada assistência ao RN. Esse ano, a unidade promoveu três cursos de reanimação neonatal para profissionais de saúde, sendo esse o ultimo do ano, com certificado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, realizado por instrutores credenciados pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
A pediatra e Referencia técnica na área da neonatologia, Klebiana Santos Barros, disse que durante a qualificação foram abordadas as técnicas e atitudes para assegurar a vida dos bebês em situações de emergência, identificando anormalidades e capacitando os profissionais para tomada rápida de decisão na realização dos procedimentos necessários que garantam uma assistência segura às crianças.
“ Os participantes viram nas aulas teóricas as estatísticas brasileira com relação a reanimação neonatal, aprenderam a usar o material, e conheceram toda técnica utilizada para a aprendizagem da técnica e o perfil do bebê que eles vão atender’’,ressaltou Klebiana. Ela atentou que iniciar os primeiros passos é fundamental e pode fazer diferença no prognóstico desse bebê.
Os participantes também contaram com simulações realísticas de diversos casos que podem acontecer em sala de parto. Foi dada oportunidade a eles de utilizar na prática todo o material de reanimação. Klebiana Barros explicou que na segunda aula prática, os participantes realmente viram ao vivo o que assistiram nos slides.
“Montar os aparelhos, os equipamentos, acoplar o oxigênio e ventilar o bebê que é um boneco de reanimação que parece um bebê de verdade. Essa sensação de pratica realística é o que queremos trazer para eles, para tirar o medo. Eles viram critérios para a entubação, a massagem cardíaca e os medicamentos utilizados durante a reanimação. Em seguida esses assuntos foram fortalecidos na prática, através de simulações de bonecos, e os participantes puderam esclarecer suas dúvidas”, reforçou a médica.
Para a técnica de enfermagem do Centro Cirúrgico, Márcia Angélica, o curso foi rico, já que fez com que fosse relembrado o que no dia a dia foi esquecido. “Essa oportunidade nos troxenos informações novas e necessárias para manter o bebê desde o primeiro momento do nascimento. O curso foi esclarecedor, além das informações atuais e faz com que os profissionais estejam bem preparados”, assegurou Márcia.
SES
Fotos: Valter Sobrinho