Animais serão sacrificados após confirmação de foco de peste suína em Alagoas

Suino

Equipes da Polícia Militar e técnicos acompanham o caso de perto para evitar a proliferação do caso

Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e o Ministério da Agricultura confirmaram nesta quarta-feira (9), o primeiro foco de peste suína no Estado, ocorrido no município de Traipu – a 190 km de Maceió. A descoberta provocou a interdição da propriedade onde foi localizado o foco e a proibição de trânsito de suínos.

A Adeal informou que a Polícia Militar de Alagoas está acompanhando os técnicos da agência, por questões de segurança. Até o momento, não foi registrada nenhuma resistência dos produtores. “Pelo contrário, todos estão contribuindo para a segurança do rebanho”, informou, por meio de assessoria de imprensa.

A agência informou também que apenas os animais diagnosticados com a peste suína serão sacrificados. Além disso, a propriedade onde o foco foi encontrado deve ser descontaminada. Atualmente, a população suína total de Traipu conta com 935 animais.

Também conhecida como cólera suína, a peste é uma doença viral que afeta somente porcos e javalis, sem riscos à saúde humana e outras espécies animais. Ela é diferente da peste suína africana – mais agressiva e com maior capacidade de difusão – que tem afetado a produção na Europa e Ásia.

A Adeal informou que os principais sinais clínicos da peste suína são febre, alta mortalidade em animais jovens, manchas avermelhadas na pele do animal, incoordenação motora, conjuntivite e diarreia, entre outros. “O controle e a erradicação da peste suína clássica é de grande relevância para a economia local e nacional, pois sua ocorrência gera prejuízos e restrições ao comércio desses animais e seus produtos”, informou a agência, na nota.

Desde abril deste ano, uma portaria do governo de Alagoas proibiu a entrada de suínos e materiais genéticos de porcos no Estado oriundos das unidades da federação com foco de peste suína clássica. A medida visava justamente prevenir a introdução da doença no território alagoano.

A ação aconteceu depois que  auditores do Ministério da Agricultura estiveram em Alagoas para auditor a sanidade do rebanho suíno alagoano, formado por 75.331 animais, segundo dados da Adeal. Desse total, 58.715 animais – o equivalente a 78% do rebanho – é destinado a fins comerciais, enquanto 16.616 (ou 22%) são criação de subsistência – o que significa uma criação de até 15 cabeças.

Em novembro do ano passado, uma suspeita de peste suína clássica no município de Traipu já havia provocado a interdição de uma propriedade. Entretanto, exames feitos no laboratório do Ministério da Agricultura no Recife (PE) na época descartaram o risco da doença.

Gazetaweb

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